Avaliação das sequelas da Covid-19 de pacientes frequentantes de um ambulatório de pneumologia da região metropolitana de Goiânia
DOI:
https://doi.org/10.29327/1244474.16-10Palavras-chave:
Infecções por Coronavírus, Pandemia COVID-19, PneumologiaResumo
A pandemia da doença Coronavírus-19 representou uma crise de saúde mundial sem precedentes, sendo um desafio global aos sistemas de saúde. Devido ao seu alto poder de disseminação, o Sars-Cov-2 rapidamente se espalhou entre a população, contaminando diversos sistemas corporais e gerando milhões de mortes e sequelas, levantando limitações relacionadas ao atendimento. A quantidade de complicações somadas ao conhecimento incerto até então, impossibilitam o esclarecimento da extensão da doença, dessa forma os instrumentos de avaliação dos pacientes recuperados são ferramentas cientificas relacionadas com a melhoria da atenção à saúde. O objetivo do presente trabalho foi analisar os efeitos clínicos pós-Covid-19 nos usuários de um ambulatório da região metropolitana de Goiânia-GO. Trata-se de um estudo observacional, descritivo e transversal, que relacionou a prevalência de manifestações clínicas em pacientes recuperados com as seguintes variáveis: hábitos de vida, presença de comorbidades associadas e condições socioeconômicas através de entrevistas direcionadas por questionários previamente elaborados. As repercussões mais frequentes apresentadas pelos pacientes foram no sistema musculoesquelético com piora das aptidões físicas, alterações de comportamento e psiquiátricas, dor torácica e tosse residual, eflúvio telógeno e alterações no SNC (sistema nervoso central). Associado a isso, as principais comorbidades verificadas nos pacientes com repercussões foram: obesidade, HAS e DM tipo 2. Ademais, sedentarismo, tabagismo prolongado e exposição a queima de biomassa por longos períodos foram hábitos de vida e condições socioeconômicas relacionados à presença de sequelas pós-Covid-19. Os dados apresentados no presente estudo corroboram a bibliografia atual, sendo que as sequelas ou manifestações crônicas ainda permanecem incertas.