Avaliação da segurança dos medicamentos disponíveis na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME/2022) em idosos de acordo com os critérios de Beers

Autores

  • Francelle Guimaraes Monteiro UniRV
  • Gabriela Mesquita Pontes
  • Gilsiane de Sousa Sampaio
  • Maria Eugênia Ribeiro Carvalho Oliveira
  • Paulo Marcelo de Andrade Lima

DOI:

https://doi.org/10.29327/1244474.16-114

Palavras-chave:

Brasil, Farmacogeriatria, Medicamentos potencialmente inapropriados, SUS

Resumo

A alta prevalência de comorbidades que acometem os idosos é o principal motivo da polifarmácia nessa população. A polifarmácia, associada às alterações fisiológicas que alteram a farmacocinética e farmacodinâmica, faz dos idosos, um grupo mais suscetível ao uso de medicamentos potencialmente inapropriados. Este estudo avaliou o perfil de segurança dos medicamentos disponíveis na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) para as principais comorbidades que acometem essa população. Medicamentos listados na lista do RENAME e que são recomendados pelas respectivas diretrizes médicas brasileiras para o tratamento da hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, diabetes e distúrbios neurológicos/psiquiátricos foram avaliados quanto ao seu perfil de segurança em idosos, de acordo aos critérios de Beers. 58 dos 529 medicamentos da lista da RENAME foram avaliados por apresentarem indicações para as comorbidades de interesse. Destes, 29 (50%) estão incluídos em algum dos critérios de Beers: 20 classificados como inadequados, 17 devem ser evitados por exacerbar doenças e 14 precisam ser usados com cautela. 40%, 37% e 60% entre os medicamentos utilizados para tratar as doenças cardiovasculares, o diabetes e os distúrbios neurológicos/psiquiátricos, respectivamente, possuem algum critério de inapropriação para uso em idosos. Nossos resultados mostram que o RENAME possibilita tratamentos seguros para idosos; recomendações de primeira escolha pelas diretrizes para o tratamento da hipertensão, diabetes e doenças neurodegenerativas estão disponíveis no RENAME e são seguras entre os idosos; entretanto, alternativas mais seguras para doenças psiquiátricas ainda são escassas e necessitam serem mais bem discutidas.

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Publicado

2023-05-11

Edição

Seção

Saúde