Prevalência da má qualidade do sono e fatores associados em gestantes de um município do Sudoeste Goiano

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Resumo

Introdução: A gestação representa um período de diversas mudanças no organismo feminino e em seu estado de bem-estar, sobretudo ao que tange aspectos do sono. A hipersonia no início da gravidez tende a evoluir para a insônia, manifestando-se sob a forma de despertares frequentes e desconfortos. Objetivo: Avaliar a prevalência da má qualidade do sono em gestantes rioverdenses e compreender seus fatores associados. Material e Métodos: A pesquisa utilizou uma abordagem observacional, analítica e transversal. A amostra foi de 235 gestantes, maiores de 18 anos, entrevistadas na Maternidade Augusta Bastos e no CAIS em Rio Verde. O questionário autoaplicável foi embasado no Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, na Escala de Sonolência de Epworth e na Escala de Depressão e Ansiedade.  A análise dos dados foi realizada pelo software Stata 15,0 e foram realizadas regressões multivariáveis com nível de significância de 5% para detectar associações em todos os casos. Resultados e Discussão: A maioria das respondentes é casada, de baixo nível socioeconômico e com um ou mais filhos. Por certo, as mulheres grávidas tendem a ter menor eficiência do sono, latências mais longas e mais distúrbios do sono, o que desencadeia sonolência diurna. Ademais, gestantes não brancas, desempregadas, sedentárias e com consumo elevado de cafeína têm maiores índices de má qualidade do sono. Conclusão: Em virtude dos fatos expostos, o estudo assinala uma janela de oportunidade para intervenções voltadas para modificação dos fatores comportamentais de piora do sono, com vistas à melhoria da qualidade do sono de gestantes.

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Publicado

2024-01-26

Edição

Seção

Saúde