Prevalência de sonolência diurna excessiva e seus fatores associados em gestantes de um município do sudoeste goiano

Autores

  • Laís Celi Mendes Rezende Universidade de Rio Verde
  • Júlia Cappi Aguiar Moraes Souza
  • Renato Canevari Dutra da Silva

Resumo

Durante a gestação, o corpo feminino passa por diversas transformações fisiológicas e hormonais que podem afetar o sono das gestantes. Essas mudanças incluem o aumento do útero, deficiência de ferro, maior frequência urinária, redução da capacidade respiratória, dores lombares e cãibras nas pernas, contribuindo para uma pior qualidade de sono e, muitas vezes, necessidade de cochilos diurnos. Além disso, hormônios como progesterona, estrogênio e cortisol sofrem variações durante a gravidez, afetando o ritmo circadiano e diminuindo o sono REM e NREM. A sonolência excessiva diurna é um sintoma comum em gestantes, podendo ser avaliada pela Escala de Epworth. Esse distúrbio do sono não apenas impacta a qualidade de vida das gestantes, mas também está associado a riscos como parto prematuro, diabetes gestacional e pré-eclâmpsia. Portanto, é essencial compreender e abordar os distúrbios do sono durante a gravidez, visando ao bem-estar das gestantes e à saúde materna e fetal. Um estudo com 235 gestantes de origens sociodemográficas diferentes, revelou associações entre sonolência diurna excessiva e fatores como idade, estado civil, comportamento, problemas na gestação e estresse, apontando para a necessidade de futuras pesquisas. Entre as ferramentas utilizadas, temos a Escala de Sonolência de Epworth (ESE). A pesquisa identificou ligações preliminares entre estresse, comportamento sexual e uso de drogas e a sonolência diurna excessiva, porém investigações mais amplas e estudos de longo prazo são essenciais para confirmar essas conexões e identificar as causas subjacentes. Além disso, é fundamental analisar o impacto desses distúrbios do sono na saúde fetal e no desenvolvimento infantil.

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Publicado

2024-01-26

Edição

Seção

Saúde