Prevalência e fatores associados ao consumo de substâncias psicoativas entre os discentes de medicina do Centro-Oeste brasileiro
Resumo
Há uma alta prevalência de acadêmicos de medicina utilizando substâncias psicoativas para atenuar os problemas psicológicos ou de resiliência provocados pela rotina estressante da graduação médica. E o objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência e os fatores associados ao consumo de substâncias psicoativas entre os discentes de medicina do Centro-Oeste brasileiro, e assim, contribuir para a formulação de medidas preventivas. Este foi um estudo observacional, individuado e transversal. O qual foi apreciada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com código 57956522.0.0000.5077. Os dados foram compilados, por meio do questionário sociodemográfico e do Research and Reporting Project on the Epidemiology of Drug Dependence baseado no Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test (ASSIST) da Organização Mundial da Saúde (OMS). Obteve-se uma amostra de 196 alunos. E constatamos que 70(37,2) discentes consumiram psicotrópicos nos últimos 30 dias e 97(51,9%) acreditam que cursar medicina é um fator precipitante para o uso de psicoativos. As substâncias mais utilizadas foram: o álcool 124(63,9), os ansiolíticos, sedativos e hipnóticos 54(27,7) e o tabaco 46(23,6). Concluímos que a maioria dos estudantes consomem algum tipo de psicotrópico, que a relação familiar não interferiu no consumo destas substâncias, que os estudantes com insônia usam mais álcool e que medidas multidimensionais associadas à educação em saúde devem ser fomentadas.
