Prevalência do uso de cigarros eletrônicos entre estudantes universitários na área da saúde
Resumo
Introdução: cigarros eletrônicos levantam preocupações devido ao aumento no consumo. O uso de cigarros eletrônicos mostrou uma tendência de progressão para o tabaco convencional. A presença de nicotina contribuiu para o estabelecimento de dependência psicofisiológica, aumentando o risco de continuidade no uso de tabaco, além de implicações em comportamentos relacionados ao uso de substâncias. Objetivo: avaliou-se a prevalência do uso de cigarros eletrônicos entre universitários na área da saúde e variáveis associadas. Material e métodos: estudantes de medicina da Universidade de Rio Verde. A coleta de dados ocorreu entre 2022 e 2023. As variáveis analisadas incluíram: sociodemográficos, socioeconômicos, comportamentais e estado psíquico por meio de questionários validados. Para usuários de cigarros eletrônicos, foi aplicado um teste de dependência adaptado. A análise estatística incluiu estatística simples e um modelo de análise multivariável, com um nível de significância inferior a 5%. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa. Resultados: O estudo envolve 234 alunos. Entre fumantes, 67,3% são mulheres (p=0,014). Análise multivariada revela maior consumo de álcool e tabaco entre usuários. 71,2% usa em casa e tem baixa dependência (83,7%). Fumantes apresentam pontuações mais altas em testes psicológicos. Discussão: A prevalência é de 15,5%. A associação com bebidas alcoólicas e derivados do tabaco sugere influência comportamental. Percepções positivas sobre cigarros eletrônicos contrastam com riscos à saúde. Conclusão: O uso do cigarro eletrônico está associado ao consumo de álcool e tabaco, sendo mais comum entre os não engajados em atividades acadêmicas e remuneradas.