Próteses oculares de biomodelos produzidos em manufatura aditiva com Acrilonitrila Butadieno Estireno

Autores

  • Taiane Santos Silva UniRV
  • Yasmin Souza Prates
  • Maise Medeiros Gomes da Silva
  • Tales Dias do Prado

Resumo

O estudo investigou a aplicação da manufatura aditiva (MA) na criação de próteses oculares utilizando biomodelos de Acrilonitrila Butadieno Estireno (ABS) em coelhos. A MA, uma tecnologia baseada na fabricação por adição de camadas a partir de modelos virtuais, oferece a capacidade de criar geometrias complexas sem a necessidade de moldes. Essa tecnologia tem se destacado em diversas áreas, incluindo saúde, onde é utilizada para planejamento cirúrgico, criação de próteses e na educação, como ferramenta de estudo em anatomia. O estudo utilizou cinco coelhos da raça Nova Zelândia Branco, submetendo-os à inserção de próteses oculares impressas em ABS após enucleação. Os animais foram monitorados durante um período de 30 dias, avaliando parâmetros fisiológicos, como frequência cardíaca, respiratória e temperatura corporal, além do comportamento de piscar. Os resultados indicaram que os parâmetros fisiológicos permaneceram dentro dos valores de referência, sugerindo uma boa aceitação biológica das próteses. Notavelmente, não houve edema na região cirúrgica, contrariando algumas expectativas baseadas em estudos anteriores que indicavam possíveis efeitos adversos do glutaraldeído usado para esterilização das próteses. No entanto, o estudo também identificou um desafio importante: o desprendimento de três implantes, o que representou 60% dos casos. Essa ocorrência levanta preocupações sobre a tolerância do organismo a esses materiais. Portanto, é essencial realizar pesquisas adicionais, incluindo amostras maiores e acompanhamento prolongado, para avaliar a segurança e eficácia das próteses de ABS impressas em 3D. Em conclusão, os resultados sugerem que a aplicação da MA na criação de próteses oculares utilizando biomodelos de ABS em coelhos é promissora, com parâmetros fisiológicos estáveis. No entanto, a questão do desprendimento de implantes precisa ser abordada para garantir a segurança dessas próteses em futuros contextos clínicos.

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Publicado

2024-01-26

Edição

Seção

Ciências Agrárias