Peril das anormalidades congênitas no Brasil de 2018 a 2020. Análise dos nascidos vivos e fatores de risco regionais
Resumo
Anormalidade congênita - AC é definida como alteração morfológica ou estrutural, isolada ou múltipla, originada no período intrauterino e presente ao nascimento. No Brasil, entre 2018 e 2020, aAC impactou significativamente a mortalidade infantil, afetando até 5% dos neonatos. Essas malformações apresentaram consequências amplas na saúde pública, influenciando economia e atendimento médico.O objetivo geral do estudo é traçar o perfil das anormalidades congênitas no Brasil no período de 2018 a 2020. Um estudo, utilizando dados do sistema de informações sobre os nascidos vivos - SINASC obtidos no departamento de informática do sistema único de saúde - DATASUS focou em aspectos como tipo de gravidez, idade materna, atenção pré-natal, tipo de parto e localização geográfica. A pesquisa revelou 71.874 casos, com o Sudeste apresentando 33.040, provavelmente devido à sua densidade demográfica e capacidade diagnóstica. Uma concentração mais alta foi observada entre mães de 20 a 24 anos. Falhas no pré-natal surgiram, principalmente para mães jovens. Em escala global, o Brasil mostra uma taxa de anomalias próxima à média, contudo, divergente de nações latino-americanas vizinhas. A atual legislação de notificação encontra barreiras, e a identificação dessas condições pode variar. Dificuldades se intensificam por questões socioeconômicas, evidenciadas em zonas com infraestrutura limitada e altas taxas de gravidez na adolescência. Portanto, para lidar com essa realidade, é imperativo melhorar os sistemas de notificação, intensificar o cuidado pré-natal e aprofundar as pesquisas sobre fatores de risco.