Perfil epidemiológico dos casos de dengue notificados no munícipio de Formosa-GO entre os anos de 2014 a 2023

Autores

  • Marina Naressi de Castro UniRV - acadêmica
  • Pedro Afonso Barreto Ferreira
  • Joao Vittor Fonseca Pio
  • Caroline Teixeira Dal Paz
  • Luma Rodrigues de Moura Peres Cantuária

Resumo

A dengue é uma das sete doenças negligenciadas no Brasil, transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado com um arbovírus da família Flaviviridae, possuindo quatro sorotipos distintos do Vírus da Dengue. Os quadros clínicos podem variar de assintomáticos a hospitalizações. Por se tratar de uma doença negligenciada, objetivou-se avaliar o perfil epidemiológico dos casos de dengue em Formosa-GO. Foi realizado um estudo epidemiológico, retrospectivo, de cunho documental com coleta de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, referente às notificações registradas de dengue do ano de 2014 em diante, em Formosa-GO, avaliando doze variáveis. Foram registrados 1.738 casos de dengue, sendo que, aproximadamente 74,5% das notificações, foram realizadas no ano de 2014, e as demais, nos anos de 2015 a 2020. Os meses com maiores registros de casos de dengue foram de janeiro a junho. Mais de 50% das notificações corresponderam à faixa etária adulta. 85% dos registros não necessitaram de hospitalização, e aproximadamente 96% evoluíram com cura. Dos 1.738 registros de dengue, apenas 2 tiveram diferenciação de sorotipo. Dos exames disponíveis para diagnóstico, o mais utilizado no município foi o teste ELISA. Concluiu-se que o município apresentou subnotificações dos casos de dengue, maior prevalência da doença no primeiro bimestre dos anos analisados e concentração dos registros na transição da fase juvenil-adulta, a maioria dos casos não necessitaram de hospitalização e evoluíram com cura. Notou-se dificuldade em se diferenciar os sorotipos da dengue em cada caso notificado, e realização prevalente do exame do tipo ELISA.

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Publicado

2024-01-26

Edição

Seção

Saúde