Prevalência de infecções sexualmente transmissíveis na população LGBTQIA+ em um município do nordeste de Goiás.

Autores

  • Sued Machado Universidade de Rio Verde - Faculdade de Medicina de Formosa
  • Mateus Torres de Oliveira
  • Heliara Maria Spina Canela
  • Iane de Oliveira Pires Porto
  • Danilo Corazza

Resumo

A população LGBTQIA+ enfrenta disparidades de acesso à saúde, bem como de influência dos determinantes sociais de saúde (DSS) que a faz experimentar consequências diversas em sua saúde sexual, violência sexual e infecções sexualmente transmissíveis. Assim não há que se falar em comportamento de risco, mas em influência dos mais variados DSS, inclusive da discriminação, na prevalência de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) nessa população. Assim, o objetivo desse estudo foi analisar a prevalência de IST na população LGBTQIA+, em um município do Nordeste de Goiás. Para isso, foi conduzido um estudo transversal, com aplicação de questionário e análise de dados utilizando-se o software EPI Info™ e os testes de Qui-quadrado e Fisher. Os dados de infecção na amostra revelam uma prevalência de 12,60% de IST, com maior prevalência de sífilis e herpes genital com 3,13%, dados compatíveis com estudos anteriores. Entretanto, não houve correlação entre identidade sexual e de gênero com a incidência de tais infecções. Finalmente, é possível compreender que a prevalência de IST na população LGBTQIA+ não está relacionado à condição sexual, mas sim aos DSS que impedem o acesso adequado ao serviço, bem como interferem nos comportamentos de exposição ao risco.  

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Publicado

2024-01-26

Edição

Seção

Saúde