Validação da Operacionalização dos Itens da Escala Labirinto para Comportamento Alimentar em Crianças com Transtorno do Espectro Autista

Resumo

O Transtorno do Espectro Autista afeta diversos aspectos da vida das pessoas, incluindo o comportamento alimentar. A avaliação desse comportamento pode ser feita de forma direta, por observação, ou indireta, como por escalas. Este projeto propõe uma ponte entre essas duas abordagens, utilizando a Escala Labirinto de Avaliação do Comportamento Alimentar no TEA. A pesquisa busca elaborar e validar operacionalizações dos itens da Escala Labirinto. Para isso, quatro fases sequenciais são realizadas. Na fase 1, os pesquisadores realizam reuniões intensivas para elaborar operacionalizações minuciosas dos itens da escala. Na fase 2, uma equipe multidisciplinar avalia a formulação operacional e escreve sugestões de alteração. Na fase 3, com base nos feedbacks da equipe de validação, os pesquisadores refinam as operacionalizações, realizando adaptações consideradas necessárias. Na fase 4 uma segunda rodada de validação é conduzida. Por fim, 16 profissionais avaliaram na Fase 2 e, apesar das sugestões de alterações para as operacionalizações, demonstram um alto grau de concordância, variando de 68,8% a 100%. Na fase 4 observou-se médias de concordância que variaram de 81,42% a 96,14%. 21 profissionais avaliaram nesta fase. A análise das porcentagens de concordância individuais dos itens enfatiza a robustez das operacionalizações pelo alto grau de concordância. Esta pesquisa fornece uma base para futuras investigações que visem relacionar os escores da Escala Labirinto com observações diretas do comportamento alimentar em crianças com TEA. Além disso, o método adotado no estudo pode servir como um modelo para futuras pesquisas que visem desenvolver e aprimorar instrumentos comportamentais a partir de escalas psicométricas.