Perfil epidemiológico de gestantes diagnosticadas com sífilis atendidas em ambulatório de ginecologia e obstetrícia no município de Aparecida de Goiânia.
Resumo
As infecções sexualmente transmissíveis estão presentes em todas as parcelas da sociedade sendo um grande motivo de preocupação na saúde coletiva. O objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil epidemiológico das gestantes atendidas no ambulatório da Faculdade de Medicina da UniRV com e sem diagnóstico de sífilis, em Aparecida de Goiânia, entre janeiro de 2021 a janeiro de 2022. Realizou-se estudo observacional, descritivo e transversal, exploratório, analítico-descritiva, avaliando prontuários de pacientes em pré-natal maiores de 18 anos. Foram selecionados e analisados 182 prontuários, apenas 2 pacientes apresentaram teste de sífilis positivo. Sendo idade de 21 anos,1 trimestre gestacional, vida sexual ativa, etilista e não tabagista, solteira, com histórico de toxoplasmose no 1 trimestre e 24 anos, 2 trimestre, vida sexual ativa, etilista, não tabagista, em união estável sem comorbidades. A média de idade geral foi 26,5 (± 6,03) anos. Em relação ao estilo de vida, 76,8% não são nem etilista e nem tabagista. Se declararam etilistas, mas não tabagistas, 71,4%. Dentre as que declaram serem ativas sexualmente, 45,7% das eram casadas,12% solteiras, 5% em união estável e outros 36,2% não declarou estado civil. Evidenciou-se que os fatores como; faixa etária entre 20 e 29 anos, etilismo, estado civil e mais de um parceiro corroboram com a ocorrência de sífilis. Sendo, portanto, considerados como fatores protetores; parceiros fixos, pré-natal precoce e triagem sorológica. Apesar da maioria das gestantes realizarem o acompanhamento pré-natal, muitas diagnosticadas tardiamente, levando a um pior prognóstico, prevenção, tratamento e transmissão vertical da doença.