Prevalência de coinfecção bacteriana em pacientes hospitalizados por COVID-19 em Unidade De Terapia Intensiva do Hospital Municipal Universitário de Rio Verde-GO

Autores

  • Ana Paula Alves Gouveia UNIRV
  • Bruno Santos Rodrigues UniRV
  • Sthefani Kangerski UniRV
  • Fábio Vieira De Andrade Borges UniRV https://orcid.org/0000-0003-1218-8701
  • Vanessa Barbosa De Moraes Thompson UniRV

Resumo

As infecções hospitalares apresentaram-se como importante agravante durante a pandemia da COVID-19 por estarem intimamente relacionadas a maiores índices de mortalidade e aumento do tempo de internação. O SARS-CoV-2 associado a altas taxas de internações hospitalares, deficiências imunológicas em pacientes acometidos e a exposição a possíveis infecções bacterianas nosocomiais culminaram em complicações nos quadros clínicos e maior tempo de internação. Deste modo, o objetivo deste trabalho foi apresentar a prevalência de infecção bacteriana durante o período de internação por SARS-CoV-2 em Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Municipal Universitário de Rio Verde – GO, estabelecendo as possíveis relações da coinfecção. Os dados correspondem aos meses de abril/2020 a abril/2021, colhidos por meio de análise de prontuários e tabulação nos Programas Microsoft Excel e Minitab. Foram analisados 1032 prontuários, dentre os quais 421 pacientes apresentaram resultados positivos para infecção associada ao SARS-Cov-2, com prevalência de 40,8% (IC95% = 37,8% - 43,8%). Referente aos sítios de infecção, houve predominantemente, infecções de vias aéreas, responsáveis por causar pneumonia associada a ventilação (PAV), infecção primária de corrente sanguínea (IPCS) e infecção de vias urinárias (ITU). Dentre os microrganismos isolados 32 espécies foram observadas, sendo os principais Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus coagulase negativo. Infecções fúngicas também foram observadas e estão entre os principais microrganismos envolvidos, a exemplo da Candida albicans. Dessa forma, observa-se expressiva relação entre SARS-Cov-2 e infecções bacterianas, o que contribui com longos períodos de internação, maiores desafios no manejo clínico e maior mortalidade nos pacientes acometidos.

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Publicado

2024-01-26

Edição

Seção

Saúde