Transtornos tromboembólicos em pacientes com COVID-19 não interferem na mortalidade associada à oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO)
DOI:
https://doi.org/10.29327/1244474.16-28Palavras-chave:
Infecção pelo SARS-CoV-2. Suporte Vital Extracorpóreo. Transtornos da coagulação sanguínea. Tromboembolismo.Resumo
A oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) pode ser considerada uma importante terapia de resgate para os casos de insuficiência pulmonar refratária, induzida pelo novo Coronavírus. No entanto, têm sido reportadas maiores desordens relacionadas, em grande parte, a episódios de trombose no circuito. O presente estudo avaliou como os mecanismos fisiopatológicos do COVID-19 associados aos transtornos da coagulação sanguínea interferem no prognóstico dos pacientes em uso de ECMO. Para avaliar a viabilidade do referido trabalho, buscas individuais nos bancos de dados da PubMed, Embase, Web of Science e CINAHL foram executadas por meio de descritores DeCS/MeSH e operadores booleanos, entre 01 de fevereiro de 2021 até 06 de maio de 2022. Foi constatado que o estado de hipercoagubilidade é uma das etiologias mais importantes para a falha da ECMO em pacientes com COVID-19 que desenvolveram Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) grave e que níveis elevados de dímero D na apresentação inicial, marcadores inflamatórios e parâmetros de coagulação alterados atuam como importantes preditores para complicações. Ao final do estudo, foi possível concluir que os transtornos tromboembólicos têm maior incidência em pacientes que estão em uso do suporte de vida extracorpóreo devido a complicações da infecção pelo Sars-CoV-2, mas não afetam a taxa de mortalidade associada a essa terapia. Pesquisas são necessárias para definir a dose ideal e o curso da tromboprofilaxia em pacientes com COVID-19, de forma a aprimorar o monitoramento da anticoagulação durante esse suporte de vida.