Prevalência de contaminação por Covid-19 e suas consequentes repercussões na saúde mental de profissionais de saúde da atenção básica no interior de Goiás
DOI:
https://doi.org/10.29327/1244474.16-75Palavras-chave:
Assistência à Saúde Mental., Atenção Primária em Saúde, Infecção por SARS-CoV-2, Trabalhadores da SaúdeResumo
A pandemia de COVID-19 surgiu em 2019, e a partir de então tem se espalhado e sobrecarregado os sistemas de saúde. Os profissionais de saúde, atuando no combate à doença, são expostos excessivamente ao contágio, além de apresentarem repercussões em sua saúde mental. Dentre esses trabalhadores, destacam-se os profissionais da Atenção Básica, responsáveis por realizar o primeiro contato com o paciente. O presente artigo tem por objetivo principal, avaliar as repercussões na saúde mental deles na cidade de Goianésia, Goiás. Foi realizado um estudo transversal descritivo com os profissionais de saúde da Atenção Básica do município em questão, através da aplicação de um questionário presencial com os profissionais de saúde. Foi evidenciado prevalência do sexo feminino (84%) e a elevada contaminação (55%) entre os trabalhadores de saúde da Atenção Primária. Cerca de 56% dos entrevistados afirmaram aumento excessivo da quantidade de trabalho, se sentindo sobrecarregados, e 43% se sentem muito expostos a contaminação e nada seguros em relação à sua própria saúde. Dentre as consequências, destaca-se as repercussões na saúde mental, como 85% dos entrevistados que afirmaram apresentar algum nível de estresse e ansiedade. Foi possível concluir, portanto, o maior risco de contaminação entre os profissionais de saúde, principalmente os da linha de frente, além das evidentes consequências negativas na saúde mental e social dos mesmos, trabalhando em ambientes inseguros e sobrecarregados. Faz-se necessário o investimento na segurança dos profissionais, além de investimento em saúde psicológica adequada para amparar esses heróis que atuaram na linha de frente contra à pandemia.