Rastreamento da Depressão Pós-Parto (DPP) em puérperas através da aplicação da Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EDPE) no interior de Goiás
DOI:
https://doi.org/10.29327/1244474.16-11Palavras-chave:
Depressão, Gestação, PuerpérioResumo
Resumo: A Depressão Pós-Parto é uma entidade clínica heterogênea que, geralmente, se refere a um episódio depressivo maior ou de intensidade grave a moderada, presente nos primeiros meses após o nascimento. Foi realizado um estudo exploratório-descritivo nas Unidades Básicas de Saúde do município de Goianésia, no estado de Goiás. A amostra é composta de puérperas atendidas no serviço de atenção básica até 1 ano após o parto e foi aplicado um questionário com dados sociodemográficos, de saúde e obstétricos, além do instrumento EDPE. A EDPE possui 10 questões que abordam sintomas de ansiedade e depressão. Assim, foi possível determinar a frequência da DPP e os fatores mais prevalentes relacionados a DPP nesta população. Na aplicação da escala e do questionário geral, foram realizadas 42 entrevistas com puérperas nas
Unidades Básicas visitadas. A prevalência da DPP também foi observada em maior quantidade em mães de nível socioeconômico mais baixo e menor escolaridade e mulheres que têm maior número de gestação, maior número de paridade e maior número de filhos têm índices maiores sugestivos de depressão. Entende-se que a depressão pós-parto é um campo complexo com vertentes e variáveis diversas, pois, apesar de parecer claro o diagnóstico, envolve duas áreas: aquela da ginecologia e obstetrícia, e aquela da psiquiatria. Apesar das dificuldades relacionadas a anamnese, diagnóstico, formas de tratamento, a DPP é uma patologia cada vez mais prevalente e importante para a saúde pública. A falta de um tratamento adequado e em tempo pode ter consequências para a vida materna e do recém-nascido.